Cidade do Vaticano (RV) – “O auxílio do Papa aos pobres não para durante as férias”. Com estas palavras o Esmoleiro do Papa, Dom Konrad Krajewski, recordou que a caridade não tira folga e que a opção preferencial pelos pobres continua sem parar.
“A caridade não é um simples assistencialismo tampouco um assistencialismo para tranquilizar as consciências. Não, isso não é amor: isso é mercantil, é fazer negócios. O amor é gratuito. A caridade, o amor, é uma escolha de vida, é um modo de ser, de viver; é a estrada da humildade e da solidariedade. Não há outra estrada, para este amor”.
Essa reflexão feita pelo Papa durante sua viagem a Cagliari, na Itália, em 2013, serve como referência para quem dedicou ou dedica a vida aos pobres. O Elemosineiro continua, junto com os voluntários, com as irmãs de Madre Teresa, com os guardas-suíços a levar o carinho do Papa aos mais necessitados. Todos os dias, nas duchas construídas sob as colunas da Praça São Pedro, cerca de 140 moradores de rua pedem para fazer uso das instalações.
Força-tarefa da caridade
“Os pobres – conta o arcebispo – aumentaram com o calor”. Já faz algum tempo que as duchas ficam abertas todos os dias, das 7h às 18h. Nas quartas-feiras, o serviço inicia após a audiência geral do Papa. Os voluntários oferecem um kit para a higiene pessoal – toalhas, sabonete e desodorante – e uma muda de roupas limpa. Também estão presentes os barbeiros, prontos a atender às solicitações dos pobres. “Saímos todas as noites – afirma Dom Kraievski – porque durante o Verão muitos refeitórios estão fechados e então vamos até as principais estações de Roma e levamos alimentos que compramos graças às ofertas provenientes das Bênçãos Apostólicas”.
Todas as semanas recebemos alimentos que são destinados a quem há necessidade. “Somos a equipe de primeiros-socorros do Papa – acrescenta – quando nos chamam para as emergências, como recentemente aconteceu para um grupo de imigrantes da Eritreia em Roma, nós partimos imediatamente”.
Novo dormitório
O dormitório que o Papa pediu que fosse construído nas imediações do Vaticano aos sem-teto está quase pronto. É a caridade com as características de Francisco: “não neutra, asséptica, indiferente, morna ou imparcial, a caridade – dissera o Papa em 15 de fevereiro na homilia aos novos cardeais – mas que contagia, apaixona, arrisca e envolve”. (RB)
Fonte: Rádio Vaticano