Já diante da Basílica, ao se dirigir aos peregrinos, Francisco explicou que a Igreja não é uma realidade estática, imóvel, finalizada em si mesma, mas vive na história caminhando continuamente rumo à meta última, que é o Reino dos Céus, do qual a Igreja na terra é o gérmen e o início.
Esta meta é a “nova Jerusalém”, o Paraíso: porém mais do que um lugar, é um “estado” no qual as nossas expectativas mais profundas serão realizadas e o nosso ser de criaturas e filhos de Deus alcançará pleno amadurecimento.
Então, contemplaremos a Deus face a face, ficando envolvidos completamente pela sua alegria, a sua paz e o seu amor. “Que belo pensar nisso, pois reforça a alma”, disse Francisco. Entretanto, ignoramos quando essa passagem final terá lugar, mas sabemos que há continuidade e comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja que ainda caminha sobre a terra.
Na visão cristã, de fato, a distinção fundamental não é entre quem está morto e quem está vivo, mas entre quem está em Cristo e quem não está Nele. Eis o elemento determinante e verdadeiramente decisivo para a nossa salvação, para a nossa felicidade.
“E o que acontecerá com este universo que nos abriga e sustenta?”, questiona-se o homem. Como escreve São Paulo, também ele será libertado da escravidão da corrupção, para entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Portanto, a transformação prometida – aliás já começou a realizar-se a partir da morte e ressurreição de Cristo – não será uma aniquilação do universo e de tudo o que nos rodeia, mas sim uma nova criação que levará todas as coisas à sua plenitude de ser, de verdade e de beleza.
E o Papa então concluiu:
Queridos amigos, quando pensamos nessas estupendas realidades que nos aguardam, percebemos quanto pertencer à Igreja seja realmente um dom maravilhoso! Peçamos à Mãe da Igreja que proteja sempre o nosso caminho e nos ajude a ser, como Ele, sinal alegre de confiança e de esperança em meio aos nossos irmãos.
(BF)