No centro da Igreja Católica está a Eucaristia e para ela todo povo de Deus deve voltar seu olhar, pois é a presença do próprio Cristo entre nós e antegozo do céu.

Muitos corações arrefeceram no amor à Jesus vivo e pre­sente na Eucaristia, o que constitui um grave problema para a sobrevivência da própria espiritua­lidade. Somos Cristãos e o próprio nome coloca Cristo no centro de tudo. A Igreja faz a Eucaristia e a Eu­caristia faz a Igreja, nos ensina São João Paulo II. Tudo na Igreja gira em torno do Santíssimo Sacramento. So­mos este Corpo Místico de Cristo que nasce de forma particular da cruz e continua sendo alimentado pelo mes­mo alimento que os apóstolos rece­beram na Quinta-Feira Santa. Junto com a Eucaristia nasce o sacerdote e para Eucaristia ele vive. Dentre todas as missões do presbítero, a mais bela e central é a Eucaristia.

Não olhe como exagero pois o pró­prio Cristo assim nos ensinou, insistiu, repetiu, perdeu seguidores por nos trazer a verdade sobre seu Corpo e Sangue. “A primeira vez em que Jesus anunciou este alimento, os ouvintes ficaram perplexos e desorientados, obrigando o Mestre a insistir na di­mensão real das suas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Ho­mem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Não se trata de alimento em sentido metafórico, mas “a minha carne é, em verdade, uma comida, e o meu sangue é, em verdade, uma bebida. (Jo 6,55)” Ecclesia de Eucharistia, 16. Se você pensa que este ensinamento é muito duro, não é com a Igreja que deve se queixar como se fosse possí­vel a homens criar algo como a Euca­ristia. Se queres se entender, que seja com Nosso Senhor Jesus Cristo! Foi ele quem criou o Santo Sacramento! A Igreja, pela sucessão dos apóstolos no Papa e nos bispos, tem a missão de perpetuar aquela Ceia, que cha­mamos de Santa e foi a primeira. Deus e homem presente no altar, eis o mistério da nossa fé!

A Eucaristia e o altar são o centro da paróquia e de toda comunidade cris­tã. Somos o povo da Eucaristia. Todo povo de Deus, por meio do sacerdo­te, ordenado por um bispo que é su­cessor direto dos Apóstolos, reúne-se na Santa Missa para celebrar o gran­de mistério da fé. Não é à toa que chamamos este sacramento de Co­munhão. É a nossa comunhão com Cristo e dele conosco. Cristo vivendo em nós e nós vivendo por Ele. A li­turgia da Missa, tendo como centro a Eucaristia revela a dinâmica deste corpo místico que reúne todos os seus membros ao redor da cabeça que é Cristo. Também a Eucaristia nos une não só com os irmãos na terra, mas também revela nossa comunhão com o céu. A própria Oração Eucarística nos revela isto, rezando unidos com todos os anjos e santos do céu, reve­lando que a Santa Missa, celebrando a Eucaristia une o céu e a terra e nos dá o antegozo do céu.

A cada cristão é feito o convite de estar com seu Senhor, em comunhão com Ele através do Santíssimo Sacra­mento. São João Paulo II nos indica este caminho de intimidade: “É bom demorar-se com Ele e, inclinado so­bre o seu peito como o discípulo pre­dileto (cf. Jo 13,25), deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Se atualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela “arte da oração”, como não sentir de novo a necessidade de permanecer longa­mente, em diálogo espiritual, ado­ração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santís­simo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação, apoio!” Ecclesia de Eu­charistia, 25.

A Igreja da Eucaristia, esta é a Igreja Católica. Católicos da Eucaristia, as­sim deve ser cada leigo e leiga, sacer­dote religioso ou consagrado. Aproxi­me-se com coragem de Jesus. Se tua vida não permite hoje recebê-lo em comunhão, procure regularizar-te. Não te aproximes indignamente da mesa do Senhor, “Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Se­nhor, come e bebe a sua própria con­denação.” ICor 11,29. Mas impedido ou não a comunhão, não te furtes a participar da Adoração Eucarística. Reconhecer Jesus como Senhor co­meça ao dobrar os joelhos diante do mestre e reconhecer: realmente, Se­nhor, estás no meio de nós!