Todos os anos, nossas cidades se enchem de luzes e enfeites nesta época do ano. Em alguns lugares, percebemos uma grande transformação do ambiente e no semblante das pessoas. É também ocasião em que o comércio experimenta um grande movimento. Neste ano, tudo isso acontece enquanto uma pandemia está em curso. As luzes externas tentam iluminar uma certa escuridão na trajetória destes últimos meses.
A razão inicial de tais luzes é tentar reproduzir o lampejo da Estrela de Belém. Remonta igualmente às palavras do Evangelista São João que afirmou que a “Luz veio ao mundo” (cf. Jo 1). Não podemos duvidar, Jesus é a Luz! A humanidade que jazia nas trevas pode contemplar um fulgor de esperança no Cristo Senhor.
Não obstante a Boa notícia da Luz Divina no Menino nascido da Virgem Maria, a humanidade ainda hoje padece das ‘feridas do pecado original’ que embaçam a vista dos homens. No lugar de acolher a LUZ de Deus em Jesus, muito se contentam com luzes superficiais, brilhos mentirosos que seduzem, hipnotizam, confundem e aprisionam nas trevas da negação de Deus!
Este Natal em meio à pandemia, deveria ser a grande oportunidade de avaliação da vida e retomada do Caminho de Conversão. Não apenas por causa da trágica morte de tantos contaminados pelo vírus desgraçado; principalmente por causa da Divina Misericórdia que se serve de todas as circunstâncias para acolher o pecador arrependido e livrá-lo da condenação eterna.
Acolha a Luz verdadeira. Acolha o Senhor Jesus, menino posto na manjedoura do nosso coração. Ouçamos Suas Palavras. Aceitemos seu terno convite à santidade. Permitamos que a Luz Divina espante as trevas do pecado e da falta de fé. Isso tudo há de trazer ao nosso semblante uma claridade maravilhosa. Então as pessoas que nos encontrarem terão oportunidade de ver no brilho do nosso olhar, a Luz de Cristo que quer habitar em cada coração.