O direito de cometer erros
“Educar”, afirmou o Papa, “é arriscar na tensão entre a cabeça, o coração e as mãos: em harmonia, ao ponto de pensar o que sinto e faço; de sentir o que penso e faço; de fazer o que sinto e penso”. É uma harmonia. O Pontífice pediu aos professores primários, secundários e universitários que trabalhem ao lado dos estudantes em seu percurso educativo. “Não se pode educar”, acrescentou, “sem caminhar junto com as pessoas que se está educando”. É bonito quando se encontra educadores que caminham juntos com os jovens e as jovens”. Francisco destacou que “educar não é dizer coisas puramente retóricas; educar é colocar o que é dito em contato com a realidade”. As jovens e os jovens têm o direito de cometer erros, mas o educador os acompanha no caminho para dirigir esses erros, para que não sejam perigosos”. “O verdadeiro educador”, continuou Francisco, “nunca tem medo de erros, não: ele acompanha, pega pela mão, escuta, dialoga. Não fica assustado e espera”. Esta é a educação humana: educar “é este levar adiante fazendo crescer, ajudando a crescer”.
Educar na tradição que é dinâmica
A delegação do GRACE, através de um porta-voz, abriu um diálogo com Francisco e explicou ao Pontífice que o objetivo do projeto é justamente o de educar não apenas transmitindo conhecimentos, mas também dando espaço ao âmbito espiritual e pastoral e ao que os idosos podem transmitir aos jovens. Em seguida o Papa destacou que “o diálogo entre jovens e idosos é importante”, “porque para crescer, a árvore precisa de relações estreitas com suas raízes”, e por fim conta: “Há um poeta da minha terra que diz algo belo: ‘Tudo o que floresce na árvore vem do que tem debaixo da terra’. Sem raízes, não se pode ir adiante. Somente com as raízes nos tornamos pessoas”. Francisco diz não ao tradicionalismo frio e rígido e reiterando que a verdadeira tradição é “tirar do passado para ir adiante. A tradição não é estática: é dinâmica, tendendo a ir em frente”.