Neste domingo, 10, o Papa Francisco rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano. Antes da tradicional oração mariana, o Pontífice fez uma breve reflexão sobre o Evangelho do dia (Mc 12,38-44).

Nesta passagem, Jesus estava sentado no templo quando avistou uma viúva a fazer sua oferta. Ela entregou duas moedas de pouco valor, mas Cristo destacou o gesto para seus discípulos, explicando que ela havia dado mais que os ricos que depositavam grandes quantias, uma vez que ofereceu tudo o que tinha.

O Santo Padre observou que, apesar de respeitados por suas aparências, os escribas da época tinham um comportamento que não correspondia ao que ensinavam. Alguns olhavam os outros “de cima para baixo” e com ar de superioridade, pontuou Francisco, e davam a si próprios privilégios, chegando até mesmo a cometer verdadeiros furtos em detrimento dos mais fracos, como as viúvas.

“Em vez de usarem o seu papel para servir os outros, faziam dele um instrumento de prepotência e de manipulação”, sinalizou o Papa, acrescentando que “comportavam-se como pessoas corruptas, alimentando um sistema social e religioso em que era normal tirar vantagem às custas dos outros, especialmente dos mais indefesos, cometendo injustiças e garantindo a impunidade”.

Olhar para elevar

O Pontífice ressaltou a recomendação de Jesus para se manter distância dessas pessoas e não imitá-las. Pelo contrário, com sua palavra e seu exemplo, Cristo ensina outras lições sobre autoridade, como abnegação e de serviço humilde, e “convida quem tem autoridade a olhar para os outros, a partir da sua própria posição de poder, não para humilhá-los, mas para elevá-los, dando-lhes esperança e ajuda”.

Por fim, o Santo Padre conduziu os fiéis a refletirem sobre seu comportamento no âmbito da responsabilidade: se agem com humildade ou tiram proveito da posição que têm, se são generosos e respeitosos ou tratam ou outros de forma rude e autoritária. “Que a Virgem Maria nos ajude a combater a tentação da hipocrisia dentro de nós mesmos, a fazer o bem sem aparecer e com simplicidade”, concluiu Francisco.

 

Fonte: Canção Nova