A maior agência humanitária do mundo garantiu que já deu início ao processo de ajuda às vítimas do ciclone Mocha, que atingiu e devastou partes de Mianmar e Bangladesh
O Programa Alimentar Mundial (PAM) informou que espera alcançar pelo menos 800 mil pessoas necessitadas após a passagem do ciclone Mocha atingir Mianmar e Bangladesh.
“O Programa Mundial de Alimentos já iniciou distribuições rápidas de alimentos para populações em extrema necessidade em Rakhine e Magwe e vai se expandir ainda mais nos próximos dias”, disse o diretor do PMA em Mianmar, Stephen Anderson.
“Nossas equipes estão no local trabalhando sem parar para fazer o possível para ampliar a assistência para alcançar todos os necessitados, onde quer que estejam”, acrescentou Anderson.
O empobrecido estado ocidental de Rakhine suportou o impacto da tempestade que no domingo (14 de maio) derrubou casas, torres de comunicação e pontes com ventos de até 210 km/h (130 mph) e provocou uma tempestade que inundou a capital do estado, Sittwe.
Os estragos
De acordo com o PAM, instalações importantes, como hospitais e escolas, foram destruídas em Sittwe, e as telecomunicações e linhas de energia nesta parte de Mianmar foram severamente interrompidas.
Cerca de 400 mil pessoas foram evacuadas em Mianmar e Bangladesh antes do ciclone atingir a costa, enquanto as autoridades se esforçavam para evitar pesadas baixas de uma das tempestades mais fortes a atingir a região nos últimos anos.
A mídia controlada pelos militares de Mianmar disse na sexta-feira que 145 pessoas morreram quando o ciclone Mocha atingiu o país nesta semana, em contraste com relatos de grupos de direitos humanos e moradores que temem que centenas possam ter morrido.
A junta disse em um comunicado que até 18 de maio um total de 145 pessoas foram encontradas mortas, incluindo 91 em campos para deslocados internos. No início desta semana, havia dito que três pessoas foram mortas pela tempestade.
Alguns moradores contatados pela Reuters disseram no início desta semana que mais de 400 pessoas foram mortas e muitas outras estão desaparecidas, acrescentando que os sobreviventes estavam lutando com a falta de alimentos e suprimentos médicos.
Rakhine tem uma grande população de muçulmanos Rohingya — cerca de 600 mil, uma minoria perseguida que sucessivos governos em Mianmar predominantemente budista se recusaram a reconhecer.
Fonte: Canção Nova