A segunda etapa da 59ª Assembleia Geral dos Bispos dos Brasil se inicia neste domingo, 28. De 28 de agosto a 2 de setembro, bispos de todo o país se reunirão de forma presencial, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).

A primeira etapa foi realizada de forma on-line de 25 a 29 de abril passado. Na pauta, estiveram assuntos de estudo, comunicações, análises de conjuntura e os temas que não exigiam votações presenciais.

O subsecretário adjunto geral CNBB, padre Patriky Samuel Batista, afirma que a Assembleia foi dividida em duas etapas tendo em vista ainda o cenário pandêmico. E o modo presencial, devido às novidades também que esse mesmo cenário trouxe, facilitou, então, o encontro dos bispos.

O sacerdote ressalta que alguns encaminhamentos foram possíveis na forma virtual, mas algumas questões precisam ser tratadas presencialmente. “O grande objetivo dessa etapa presencial é a alegria de reencontrar, e é a primeira vez que isso acontece depois da pandemia, e também há o discernimento sobre votações importantes”.

Etapa Presencial

A segunda etapa, presencial, acontecerá no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Haverá dois blocos em cada dia, manhã e tarde. Na parte da manhã, das 8h às 12h e, na parte da tarde, das 14h às 17h. No total, serão realizadas oito sessões. A missa de abertura será no domingo, 28, às 18hs no Santuário Nacional de Aparecida, com transmissão pelas TV’s católicas.

Padre Patriky explica que na segunda feira pela manhã haverá a sessão solene da análise de conjuntura eclesial e social, e a partir daí diversos temas serão tratados.

“Dentre esses, os principais temas estão: a votação do missal, o estatuto da CNBB, também o documento, o estudo 114, o ministério do catequista, e diversos outros temas além das sessões reservadas que acontecerão na parte da tarde.”

Já na quinta-feira, os bispos terão um retiro que será conduzido por Dom Armando Bucciol, Bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia. O evento também contará com um momento celebrativo no dia primeiro de setembro à noite, em homenagem aos 70 anos da CNBB.

Temática

A Assembleia Geral da CNBB tem como tema “Igreja Sinodal, Comunhão, Participação e Missão”. A temática está em sintonia com o processo do Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco, e também deriva das celebrações dos 70 anos de criação da CNBB.

Padre Patriky destaca que o sentido da temática é nos colocar cada vez mais em sintonia com a preparação para o Sínodo dos Bispos que acontecerá em 2023.

“A partir daí vem o tema central dessa 59 ª Assembleia que acontece em etapa presencial, que é a reflexão sobre as atuais diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Essa é a principal reflexão assumida agora também em chave sinodal.”

Quem participa

O evento contará com a presença de cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores. Além dos bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja, que são convidados.

A Igreja Católica no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas. O número de bispos no país é de 478, dentre eles 321 estão no exercício do governo pastoral de alguma Igreja Particular de modo ativo, e outros 157 são bispos eméritos.

Sobre a Assembleia Geral da CNBB

A Assembleia Geral, na versão atual do texto regimental da Conferência (Documento 70 da CNBB), é descrita como “órgão supremo da CNBB, expressão e realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”.

O documento também se refere à Assembleia como o órgão que tem a finalidade de realizar os “objetivos da CNBB, para o bem do povo de Deus” (art. 27) e para fazer “crescer a comunhão e a participação” (art. 28).

Segundo o que indica o texto, “a Assembleia Geral tratará de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e os problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, sempre na perspectiva da evangelização” (art. 29).

 

Fonte: Canção Nova