“Como desejo a salvação das almas! Minha caríssima secretária, escreve que desejo derramar a Minha Vida Divina nas almas dos homens e santificá-los, desde que queiram aceitar a Minha graça. Os maiores pecadores atingiriam uma grande santidade, desde que tivessem confiança na Minha misericórdia. As Minhas entranhas estão repletas de misericórdia, que está derramada sobre tudo o que criei. O Meu prazer é agir na alma humana, enchê-la da Minha misericórdia e justificá-la. O Meu reino está sobre a terra – a Minha vida, na alma humana.” (Diário, 1784)
Que é um discípulo?
Por definição seria alguém que estuda, um aluno, aprendiz, ávido e aberto ao ensinamento.
O Discípulo da misericórdia, portanto, há de preocupar-se em conhecer essa linda manifestação do Amor de Deus por meio do Coração de Seu Filho. O Discípulo da misericórdia, aprende, testemunha, ensina por meio da imitação do Senhor. Essa imitação não pode excluir a imolação de si, como o fez Nosso Senhor Jesus Cristo.
I – Onde estamos? Que tempo vivemos?
TEMPO DA LEI (Antigo Testamento)
TEMPO DA MISERICÓRDIA (Novo Testamento)
TEMPO DA JUSTIÇA (Dia do Juízo Final)
Nosso Deus sempre se mostrou próximo e desejoso que nós, seus filhos, estivéssemos próximos Dele. A pedagogia Divina se manifestou ao longo do tempo e já na revelação bíblica vemos esse ‘amor incansável’ de Deus para conosco.
No antigo testamento observamos a ação Divina que inspira ao homem o temor e o respeito por suas leis. Exemplo dos 10 mandamentos (sinais no monte sinai que ‘fumegava’ (Ex. 19). Para alcançar o perdão dos pecados os homens deveriam repará-los por meio de uma vida de penitência e sacrifícios. Era dever de cada um e de seus próprios atos. A falta para com Deus não ficava sem alguma pena de reparação: Moisés – o mais humilde dos homens – por uma infidelidade não pode ingressar a Terra Prometida (Dt 32,48-52); Davi, pela luxúria acabou por experimentar desgostos dentro de sua própria família (II Sm 15; I Rs 1).
O Novo testamento, no mistério da Encarnação, é a inauguração de um novo tempo. O Tempo da Misericórdia. “O Evangelho inteiro é a história das misericórdias de Deus em favor das almas, por mais afastadas que estejam dEle, como a Samaritana, Madalena, Zaqueu, o bom ladrão; em favor de nós todos, por quem o Pai entregou Seu Filho como vítima de expiação”.1 Quando “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14), começou uma nova época. Jesus fundou Sua Igreja, instituiu os sacramentos e, pela efusão de Seu Preciosíssimo Sangue, trouxe à Terra uma nova perspectiva de relações do Criador com a humanidade e dos homens entre si.
É neste ‘Tempo da Misericórdia’ que o Senhor insiste ao longo dos séculos para que o homem não se perca e no Tempo da Justiça, seja condenado.
A Igreja reconheceu manifestações extraordinárias do Senhor em nosso mundo. No Sec. XIV a Sta Gertrudes na Alemanha; no sec. XVII a Santa Margarida na França; No Sec. XX Fátima (1915-1929: sendo em 1917 o ciclo mariano de aparições) e finalmente em 1931 a primeira aparição de Nosso Senhor a Santa Faustina Kowalska.
O Diário de Santa Faustina faz alusão a 7 expressões de devoção à Divina Misericórdia.
II – Tempo da Misericórdia
7 Expressões de devoção à DIVINA MISERICÓRDIA
1 – A imagem de Jesus Misericordioso
[47,49]
Pedagogia da imagem, cura da idolatria.
“O raio pálido significa a água que justifica as almas, o raio vermelho significa o sangue que é vida das almas(…) feliz aquele que viver à sua sombra!” D.299
Batismo e Eucaristia
Convocação à confiança: JESUS EU CONFIO EM VÓS
Promessas especiais: salvação eterna, progressos na perfeição cristã, a graça de uma morte feliz,etc: “por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas, que toda alma tenha, por isso, acesso a ela!”(D.570)
2 – A festa da Divina Misericórdia
[49,699,965,300,570]
Sentido de “dar honra”. Extensão do 3o mandamento da lei de Deus: “guardar as festas!”. Relação com a inspiração de Margarida Maria. Sagrado Coração após Corpus Cristi, Misericórdia após a Páscoa!
Promessas desta festa: perdão total das faltas e castigos, abertas as entranhas da Minha Misericórdia, que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate!
Necessários: confiança na bondade de Deus, amor ao próximo, estar em estado de graça, comunhão piedosa.
3 – O terço da Divina misericórdia
[474-476,811,1731,929,754]
Ditado pelo próprio Senhor.
Sentido da expiação – aplacar a Ira de Deus.
É já uma obra de misericórdia espiritual pois pede pelos vivos e mortos.
Necessária : humildade, perseverança e intenção de acordo com a vontade de Deus.
Valor desta prece para o agonizante.
“As almas que rezarem este terço serão envolvidas pela minha misericórdia, durante a sua vida, e de modo particular, na hora da morte”.(754)
4 – A hora da Divina Misericórdia
[1572,]
A leitura deste número explica a particularidade da graça.
O que pensar quanto ao fuso horário? Podemos hoje dizer que a todo instante há um derramamento de misericórdia sobre o mundo!
5 – A Divulgação do Culto da Misericórdia
[1075,1059,742,]
Jesus promete DEFENDER quem divulga essa devoção, igual a uma mãe defende seu filho e na hora da morte será Salvador e não Juiz (1075)
Não há como divulgar a Misericórdia a não ser pela vida. Pelo testemunho de confiança e das práticas concretas de misericórdia oara com o próximo.
6 – A prática das Obras de Misericórdia
[742,1059]
“Minha imagem deve lembrar as exigências da Minha Misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras!” (D. 742)
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as Obras de Misericórdia (materiais)
I – DAR DE COMER A QUEM TEM FOME
II- DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE
III – VESTIR OS NUS
IV – VISITAR OS DOENTES
V – VISITAR OS PRESOS
VI – ACOLHER OS PEREGRINOS
VIII- ENTERRAR OS MORTOS
Obras espirituais
1 – DAR BOM CONSELHO
2 – CORRIGIR OS QUE ERRAM
3 – ENSINAR OS IGNORANTES
4 – SUPORTAR COM PACIÊNCIA AS FRAQUEZAS DO PRÓXIMO
5 – CONSOLAR OS AFLITOS
6 – PERDOAR OS QUE NOS OFENDERAM
7 – REZAR PELOS VIVOS E PELOS MORTOS
III – DISCÍPULOS DA MISERICÓRDIA
O Que é um discípulo?
Por definição seria alguém que estuda, um aluno, aprendiz, ávido e aberto ao ensinamento.
O Discípulo da misericórdia, portanto, há de preocupar-se em conhecer essa linda manifestação do Amor de Deus por meio do Coração de Seu Filho. O Discípulo da misericórdia, aprende, testemunha, ensina por meio da imitação do Senhor. Essa imitação não pode excluir a imolação de si, como o fez Nosso Senhor Jesus Cristo.
7 – A imitação e consagração ao Coração Misericordioso de Jesus
[945] Descansa, junto do meu Coração!
Coração rico em misericórdia porque é: manso e humilde, paciente e compassivo, capaz do perdão e do sacrifício.
Coração que ‘é íntimo do Pai’ ; graças a essa intimidade, torna-se obediente e fiel; pela fidelidade chega ao patamar do sacrifício: oblação/imolação/reparação.
Vamos nos reclinar no peito de Jesus para ‘absorver’ dEle a Divina Misericórdia.
Imagem Bíblica: São João a repousar sobre o Coração de Jesus. Ouvir o pulsar de seu coração.
“a essa voz o mundo envelhecido rejuvenescerá, sairá do seu torpor, e o calor do amor divino inflamá-lo-á novamente!”.
“Atirarei a mim todos os corações!” (Jo 12,32)