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Santo espanhol é conhecido por ter fundado a Companhia de Jesus, ordem religiosa de origem do Papa Francisco e de grande importância para a Igreja.

Nesta segunda-feira, 31, a Igreja celebra Santo Inácio de Loyola. O espanhol destaca-se, entre outros motivos, por ter fundado a Companhia de Jesus, ordem religiosa de grande importância na história católica. É a ordem de origem de São José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil, e do Papa Francisco.

Inácio nasceu no Castelo de Loyola, em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491. Batizado como Iñigo, era o caçula de 13 irmãos, filho de uma família cristã da nobreza rural.

Quando tinha 15 anos, ele se colocou a serviço de um ministro do Tesouro Real durante o reinado de Fernando de Aragão. Sob os cuidados do seu protetor, Inácio aprimorou seus estudos e tornou-se um cavaleiro. Em 1517, contudo, seu protetor caiu em desgraça, e o jovem passou a servir ao duque de Nájera e vice-rei de Navarra, participando de vários combates militares.

A conversão de Inácio

Em sua autobiografia, Inácio relata que, até essa idade (quando alcançou 26 anos), ele “tinha sido um homem entregue às vaidades do mundo”. Quatro anos depois, em 1521, durante um combate, Inácio foi ferido por uma bala de canhão que, além de partir sua perna direita, deixou lesões na esquerda. O grave ferimento foi fundamental para a mudança radical que aconteceria em sua vida.

No Castelo de Loyola, durante o período de convalescência, na ausência de livros de cavalaria, Inácio se dedicou à leitura de Vida de Cristo, escrita por Ludolfo da Saxônia, e de uma coletânea Vida dos Santos. A partir daí, Inácio percebeu que as ambições mundanas lhe causavam prazeres efêmeros, enquanto a entrega a Jesus Cristo lhe enchia o coração de alegria duradoura.

Peregrinações

Após sua recuperação, com um forte desejo de mudar de vida, ele decidiu partir para Jerusalém. Peregrinando para Montserrat (Espanha), doou suas roupas para um pobre e passou a usar trajes rústicos. Em Manresa (Espanha), Inácio abrigou-se em uma cova.

Vivendo como eremita e mendigo, ele passou por duras necessidades. Seu objetivo, contudo, era maior: queria ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, iriam se transformar no livro dos Exercícios Espirituais.

Depois desta experiência, Inácio chegou a Jerusalém, e lá permaneceu por um longo tempo. Retornando à Europa, sofreu perseguições e incompreensões que lhe fizeram perceber a necessidade de estudar para melhor ajudar os outros. Assim, partiu para Paris (França), onde dedicou-se à Filosofia e à Teologia. Inácio também conseguiu agrupar alguns colegas, a quem passou a chamar de companheiros ou amigos no Senhor – esse foi o primeiro esboço do que seria a Companhia de Jesus.

A serviço da Igreja

Em 1534, na capela de Montmartre, em Paris, Inácio e seis companheiros – Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodrigues – fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando Cristo, peregrinar a Jerusalém e, caso não fosse possível, apresentar-se ao Papa, com o objetivo de colocarem-se à disposição do Pontífice.

Um ano depois, os votos foram renovados por eles e mais três outros companheiros – Cláudio Jaio, João Codure, Pascásio Broet. Por meio da bula Regimini militantis Ecclesiae, a Companhia de Jesus (em latim, Societas Iesu, S. J.) foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540. No ano seguinte, 1541, Inácio foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem, passando a viver em Roma (Itália).

Ele exerceu sua função preparando e enviando os jesuítas ao mundo todo, servindo à Igreja e escrevendo as Constituições da Companhia de Jesus. Em 31 de julho de 1556, muito debilitado, Inácio morreu em Roma. Sua canonização aconteceu em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.

Fonte: Canção Nova