No dia 7 de maio em Wadowice na Polônia, com a constituição dos tribunais, abre-se a fase diocesana do processo de Beatificação da Serva de Deus Emília Wojtyla e do Servo de Deus Karol Wojtyla, pais de São João Paulo II. A notícia doi publicada pelos bispos no site do Episcopado polonês.

A tarefa dos tribunais é a de demonstrar que Emília e Karol Wojtyla praticaram as virtudes de modo heroico, que gozam a fama de santidade, e que pela sua intercessão as pessoas pedem uma graça ao Senhor. O postulador da causa é o padre Sławomir Oder, que foi também postulador do processo de Beatificação e Canonização de João Paulo II. A primeira sessão solene dos tribunais realiza-se em 7 de maio na Basílica da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria em Wadowice com a presença de todos os Decanos da Arquidiocese de Cracóvia. Depois do início formal do processo, o arcebispo Marek Jędraszewski, presidirá a Santa Missa para o bom andamento e os pedidos das graças através da intercessão dos Servos de Deus.

Biografia

Emilia Kaczorowska, nasceu em uma família de artesãos, era filha de Feliks Kaczorowski e Maria Scholz. Nasceu em Cracóvia no dia 26 de março de 1884 e foi batizada na igreja de São Nicolau. Sua mãe faleceu quando tinha apenas 13 anos.

Enquanto que Karol Wojtyla nasceu em 18 de julho de 1879 em Lipnik, perto de Biala, filho de Maciej Wojtyla e Anna Przeczek: era uma família de alfaiates. Foi batizado na Igreja da Divina Providência em Biala. Perdeu sua mãe quando tinha dois anos de idade. Em 1900 foi chamado para o serviço militar de base em Wadowice. Em 1903 terminou o serviço militar como sargento e pode voltar para casa. Todavia, decidiu ficar no exército como soldado profissional e serviu como suboficial em Cracóvia e depois em Wadowice.

Casaram-se em 10 de fevereiro de 1906 na igreja de São Pedro e Paulo em Cracóvia e tiveram três filhos: Edmund (nascido em 1906), Olga, que faleceu logo depois do nascimento e batismo (1916) e Karol (nascido em 1920), que se tornou Papa. Até 1913 moraram em Krowodrza, e depois se transferiram para Wadowice.

Emília faleceu em 1929 depois de ter recebido os últimos sacramentos com a presença do marido ao seu lado e foi enterrada no cemitério de Rakowicki em Cracóvia. O viúvo ficou cuidando dos filhos e da casa, transferindo-se, junto com o filho Karol, a Cracóvia em 1938. Faleceu em 1941, aos 63 anos, por uma insuficiência cardíaca. Está enterrado ao lado de sua esposa.

Sobre o processo

Pe. Andrzej Scąber, secretário para a canonização da Arquidiocese de Cracóvia, afirmou que serão realizados dois processos de canonização separados, nos quais se deverá demonstrar que Emília e Karol praticaram virtudes heroicas, que disfrutam da reputação de santidade e, por sua intercessão, as pessoas receberam os favores de Deus.

“Esse processo não será fácil devido ao pequeno número de testemunhas oculares, mas já podemos dizer que a documentação que foi compilada, especialmente em relação a Karol Wojtyła, é muito extensa e mostra que esse homem, ao longo de sua vida, evoluiu em seu relacionamento com Deus e levou essa amizade de Deus ao filho, o futuro Papa”, explicou o presbítero.

Finalmente, Pe. Scąber comentou que, em meio a uma sociedade em crise como a de hoje, com “muitos divórcios, relações de convivência, crianças abandonadas”, a família Wojtyla, “como diz o Papa Francisco, são santos do bairro, normais, ordinários, que nos mostram que, em uma situação econômica muito difícil, durante a doença, a morte de dois filhos, é possível confiar e estar perto de Deus “.

Em 2018, o então Arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de São João Paulo II, Cardeal Stanislaw Dziwisz, disse que levava em seu coração a possibilidade de iniciar o processo de beatificação e canonização dos pais de São João Paulo II.

 

Fonte: vaticannews.va