O Papa Francisco se encontrou, nesta sexta-feira, 9, com peregrinos argentinos que viajaram para Roma a fim de acompanhar a canonização da Beata Maria Antonia de San José. Conhecida popularmente como Mama Antula, ela se tornará a primeira santa do país na celebração que será realizada no próximo domingo, 11.
Na audiência com seus conterrâneos, o Pontífice refletiu sobre o testemunho de vida deixado pela religiosa. Ele destacou a caridade de Mama Antula, muito forte atualmente em meio a uma sociedade contaminada pelo vírus do individualismo radical. Além disso, rogou a Deus que todos possam, assim como a futura santa, ser sinal de amor e de ternura entre os irmãos.
Prosseguindo, o Santo Padre indicou que o caminho da santidade implica confiança e abandono. Ele recordou que Mama Antula chegou a Buenos Aires apenas com um crucifixo e descalça, confiando que seu árduo apostolado era uma obra de Deus.
“Ela experimentou o que Deus quer de cada um de nós, que possamos descobrir seu chamado, cada um em seu próprio estado de vida, pois, seja ele qual for, sempre será sintetizado em fazer ‘tudo para a maior glória de Deus e a salvação das almas’”, expressou Francisco.
Amor ao Evangelho, a São José e a Eucaristia
Ele também lembrou o episódio em que a Companhia de Jesus foi suprimida, e então Mama Antula foi dar ela mesma os exercícios espirituais, buscando ajudar todos a descobrir a beleza de seguir Cristo. Por conta da aversão desenvolvida aos jesuítas, ela precisou fazer essa atividade clandestinamente.
“Nesse sentido, outra mensagem que a bem-aventurada nos dá em nosso mundo atual é não desistir diante da adversidade, não desistir de nossas boas intenções de levar o Evangelho a todos, apesar dos desafios que isso possa representar. (…) Firmemente enraizados no Senhor, devemos ver isso como uma ocasião em que podemos desafiar nosso ambiente a levar a alegria do Evangelho”, observou o Papa.
Ao final de seu discurso, ele citou ainda a devoção que Mama Antula tinha a São José e seu grande ardor pela Eucaristia, “que deve ser o centro da nossa vida cristã e da qual brota a força para realizar nosso apostolado”. Por fim, ele exortou todos a também “serem testemunhas desse dom para o povo argentino, mas também para toda a Igreja”.
Fonte: Canção Nova