A visita apostólica do Papa Francisco tem um significado universal: “As circunstâncias em que o mundo se encontra, entre a pandemia, a guerra, o temor de uma escalada do conflito mundial deixam claro que esta não é apenas uma visita pastoral feita a uma pequena comunidade de crentes: a presença do Papa no Congresso não só infunde grande valor a este encontro, mas também constitui uma oportunidade e um canal para falar ao mundo inteiro”, afirma o bispo de Almaty, dom José Luis Mumbiela Sierra
“A visita do Papa ao Cazaquistão é uma grande notícia para todos nós, uma verdadeira Boa Nova, que nos ajuda a compreender ainda melhor o sentido e a missão de nossa presença no Cazaquistão e o valor de nossa fé no mundo. Peçamos ao Senhor que o tempo especial dos próximos dias seja um tempo fecundo para nós, para que possamos aprofundar nossa vocação ao seguimento de Cristo Jesus, Príncipe da Paz.”
Foi que disse o bispo da Santíssima Trindade em Almaty, no Cazaquistão, e presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Ásia Central, dom José Luis Mumbiela Sierra, na véspera da chegada do Papa Francisco, que estará no Cazaquistão desta terça até quinta-feira, dias 13 a 15 de setembro.
O bispo espanhol comenta: “As palavras-chave desta visita, ‘Mensageiros de paz e de unidade’, não só indicam a vocação dos cristãos no Cazaquistão, mas também explicam o significado da presença do Papa, que vem aqui para participar do Congresso de Líderes Religiosos realizado em Astana a cada dois anos”.
Significado universal da visita do Papa
A visita apostólica do Papa tem um significado universal: “As circunstâncias em que o mundo se encontra, entre a pandemia, a guerra, o temor de uma escalada do conflito mundial – acrescenta dom Mumbiela Sierra – deixam claro que esta não é apenas uma visita pastoral feita a uma pequena comunidade de crentes: a presença do Papa no Congresso não só infunde grande valor a este encontro, mas também constitui uma oportunidade e um canal para falar ao mundo inteiro”.
“Ao mesmo tempo em que aprimora o curso de ação do governo cazaque para construir concordância e harmonia entre diferentes grupos étnicos e religiões, também enfatiza para a humanidade que toda religião, que toca no relacionamento do homem com Deus, é entendida como um motivo para criar paz e unidade no gênero humano. Jamais é motivo de conflito, mas toda religião é chamada a promover a fraternidade, na qual o Papa insiste tanto, esperando uma mudança nos padrões mentais conflitantes presentes no mundo de hoje”, prossegue o prelado.
Por esta razão, segundo o bispo, “a chegada do Pontífice ao Cazaquistão é um momento providencial não apenas para o Cazaquistão, mas para lançar, através do Cazaquistão, uma mensagem para o mundo inteiro, para toda a humanidade”.
Testemunhar e dar a paz que vem de Jesus Cristo
Olhando para o contexto local, o bispo observa: “Somos uma comunidade muito pequena, vivendo a fé no cotidiano da graça de Deus. Se ser mensageiros de paz e de unidade é a vocação de todo católico e de todo cristão, do Cazaquistão hoje esta mensagem se eleva para toda a humanidade: somos chamados a ser portadores de paz, a vivê-la e a criá-la entre as pessoas e na sociedade. Ter o Papa entre nós representa um forte impulso para redescobrir a alegria desta nossa vocação, mas é também um impulso para o mundo inteiro, que começa daqui, a partir de uma pequena comunidade”.
O bispo conclui: “Evangelicamente, pode-se recordar a imagem do sal, que, embora em poucos grãos, faz com que todos os alimentos sejam saborosos. O sal é também a substância utilizada para preservar os alimentos, para que não se deteriorem: assim os cristãos são chamados a ser sal para dar sabor e também para que a sociedade não se torne corrupta. Ser sal significa criar paz e fraternidade, mesmo que sejamos poucos ou invisíveis aos olhos do mundo; significa viver nossa missão de testemunhar e dar a paz que vem de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, a todos os homens, mesmo que eles sejam diferentes em religião, ideias, cultura, etnia”.
A Igreja católica no Cazaquistão conta hoje com quatro dioceses, 70 paróquias e 120 mil fiéis, e também realiza sua missão trabalhando nos campos social, cultural e educacional.
(com Fides)
Fonte: Vatican News