Em um breve e franco diálogo com jornalistas, o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, comentou temas atuais, como a guerra na Ucrânia, sua recente viagem à África e a nomeação de três mulheres para cargos na Cúria Romana.
O cardeal fez uma intervenção na embaixada da Itália junto à Santa Sé, em Roma, para falar de outra grave crise, a hídrica, que atinge sobretudo os países mais pobres. A ocasião foi a apresentação do livro “O sentido da sede. A água entre geopolítica, direitos, arte e espiritualidade”, de Fausta Speranza.
O pensamento constante à Ucrânia
“O Papa quer ir à Ucrânia e assim que possível irá”. O Cardeal Parolin confirmou a vontade do Pontífice de ir a Kiev para mostrar sua proximidade ao povo ucraniano devastado pela guerra. No momento, é iminente a viagem ao Canadá, que foi confirmada.
Sobre uma pergunta a respeito das consequências globais do conflito na Ucrânia e as fibrilações que está causando nos governos europeus, o cardeal ressaltou que é preciso trabalhar todos juntos, e não se dividir.
“Acredito que no cenário mundial atual, quanto mais estável um governo é, mais ele consegue lidar com os muitos desafios que surgem, se trata de desafios de época. Ninguém poderia imaginar que desta guerra resultaria uma crise generalizada, seja do ponto de vista alimentar, seja do ponto de vista energético. Então, obviamente, quando há alguém que tem as rédeas da situação em mãos, isso facilita as soluções”
Viagem à África
Parolin esteve na África no início desse mês, uma viagem concluída em 8 de julho. Ele foi enviado pelo Papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, países para os quais Francisco tinha viagem marcada, mas precisou adiar por problemas no joelho.
“Fui para assegurar aos habitantes dos dois países que o Papa tem a intenção de ir. A viagem só foi adiada por suas condições de saúde”, reforçou o cardeal. Ele explicou que deve ser escolhido o período mais adequado para evitar as estações chuvosas, o que dificultaria a visita papal. Sublinhou também que estes períodos no Sudão do Sul não coincidem com os da República Democrática do Congo e, por isso, a visita deve ser programada com cuidado.
Mais três mulheres no Vaticano
Outro assunto comentado no breve diálogo com os jornalistas foi a nomeação feita pelo Papa Francisco de três mulheres para o dicastério para os Bispos. “Segue a abertura da Igreja ao mundo feminino. Até agora não havia mulheres nisso”, um departamento muito importante, destacou, que se ocupa de preparar os relatórios e submetê-los ao Papa para a nomeação dos pastores. E esta é uma consequência da Praedicate Evangelium.
Fonte: Canção Nova