A Divina Providência nos permite viver mais uma quaresma. O nome quaresma vem do número quarenta. A simbologia desse número remete aos 40 dias do dilúvio; aos 40 anos de travessia rumo à Terra prometida; aos 40 dias de jejum que Nosso Senhor passou no deserto. Vai lembrar também as 40 semanas de uma gestação. O período quaresmal precisa ser essa gestação espiritual onde assumiremos nossa identidade batismal: filhos de Deus!
A Santa Igreja recomenda três coisas durante este período: jejum, oração e esmola. O jejum educa nossa vontade. A oração fortalece a nossa fé. A esmola expressa a caridade. O itinerário espiritual deste período do ano é propício para penitências e sacrifícios. Tudo em vista daquilo que vamos recordar no fim da quaresma: a semana santa. O Filho de Deus se humilhou e se entregou por nós. Sua morte sangrenta é um acontecimento que marcou a história da humanidade e repercute na eternidade. O bom católico não pode passar a quaresma sem contemplar esse mistério, abrindo-se para o arrependimento de seus pecados e a confissão dos mesmos. Aliás, o Sacramento da reconciliação é a melhor forma de acolher as graças específicas da quaresma. Uma confissão bem feita assemelha-se a uma faxina. Quando nosso interior está limpo, livre do entulho do pecado, há mais espaço para Deus e suas graças.
Nesse texto eu tentei sintetizar para você o jeito mais fecundo de viver a quaresma. Ao seguir essas indicações você estará colocando-se no caminho do Senhor. Vale a pena viver essa vida se estivermos nessa direção, a direção do Senhor. Desejo a você uma boa quaresma!