Representante da Santa Sé na ONU falou na 88ª plenária da assembleia geral, onde foi discutida a situação nos territórios temporariamente ocupados do país do Leste Europeu
“A Santa Sé continua muito preocupada com a sangrenta guerra na Ucrânia.” O apelo de paz foi reiterado pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Gabriele Caccia, que falou na 88ª plenária da Assembleia Geral da ONU. A reunião, nesta terça-feira, 18, discutiu a situação nos territórios temporariamente ocupados do país do leste europeu.
O diplomata vaticano também reiterou o convite feito pelo Papa Francisco no Angelus de 2 de outubro passado. Na ocasião, Francisco se dirigiu a “todos os protagonistas da vida internacional” e aos “líderes políticos das nações para fazerem todo o possível para pôr fim à guerra”. Dom Caccia lembrou que o Pontífice, em seu recente discurso à delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, em 30 de junho passado, definiu a atual guerra na Ucrânia “um verdadeiro desastre”, como todas as outras guerras.
Reunir as famílias e trabalhar pela paz
Dom Caccia expressou o agradecimento da Santa Sé aos Estados que acolheram e apoiaram os refugiados, pedindo que os deslocados continuem recebendo apoio humanitário até que possam fazer um retorno seguro, voluntário e digno a suas casas. “A Santa Sé os exorta a não poupar esforços para promover a rápida reunificação de todas as famílias separadas pela atual violência na Ucrânia, garantindo que sejam respeitados os interesses das crianças”.
Citando novamente o discurso de Francisco, em 30 de junho, Dom Caccia acrescentou que “diante de tantos sofrimentos, a Comunidade internacional não deve se resignar à guerra, mas trabalhar em conjunto pela paz”. A esse respeito, mencionou as “missões destinadas a ‘escutar e identificar gestos humanitários que possam orientar para o caminho da paz” confiado pelo Papa ao cardeal Matteo Zuppi.
Usar todos os meios diplomáticos para garantir a ajuda humanitária
A Santa Sé pede a todas as partes para que apoiem os esforços humanitários a fim de aliviar parte do imenso sofrimento causado pela guerra, concluiu o observador permanente da Santa Sé. Ele destacou que é urgente, como repetiu o Papa Francisco em 2 de outubro passado, “utilizar todos os meios diplomáticos, mesmo aqueles que talvez não tenham sido usados até agora, para pôr fim a essa terrível tragédia”.
Fonte: Canção Nova