Ultimamente temos visto uma tendência crescente em avaliar nossos dias como ‘tempos de mudança’. Basta pensar no medo do terrorismo, mesmo após  anos do terrível atentado às torres gêmeas nos Estados Unidos. O Brasil inaugurando um tempo de mudanças com a população participando mais das decisões políticas e, expressando pelos meios de comunicação, seu ponto de vista. O grande avanço tecnológico que encurtou distâncias e transformou o mundo numa ‘aldeia global’. A própria natureza respeita os seus tempos e partilha experiência de mudanças. Ao ingressar a estação primaveril, os campos, as nuvens e o ar espalharão ‘novidade’ para a nossa região. Se é assim em todos os ambientes, por que não deveria ser também no nosso interior?

A vida do homem também precisa passar por mudanças. Não podemos nos acostumar com as situações nem nos deixar levar pelas ‘ondas’ da vida. Quem fica engessado em situações antigas, prisioneiro do próprio passado ou acorrentado a teorias e ideologias ultrapassadas e enganosas, não terá condições de sobreviver nos tempos atuais. Quem não se renova, se mumifica. Quem não se (re) forma, se deforma!

A grande mudança só pode surgir quando temos um encontro verdadeiro com o Senhor Jesus! Só Jesus reequilibra nossos afetos, redimensiona nossos valores e dá sentido à vida. Encontrar Jesus não significa apenas ‘conhecê-lo’. O Jovem Rico o conheceu e não conseguiu mudar nada em si (Mc 10); Judas Iscariotes conviveu com ele e não conseguiu escapar à sede de dinheiro e à sanha da inveja; Barrabás chegou a ficar lado a lado com Ele e, no entanto, nem se comoveu no momento. Encontrar Jesus exige uma abertura interior. Essa abertura pode ocorrer como fruto da fé vivida, o amor sincero, ou talvez possa ser provocada por um momento de dor e sofrimento. Os sofrimentos da vida também servem para nos acordar para o fato de que: somos nada, dependemos de Deus! Muitos viveram essa transformação a partir do encontro ‘verdadeiro’ com o Galileu. Basta pensar no ignoto pescador ‘Pedro’ que se tornou audaz pregador e Primaz da Igreja. E o caso de Zaqueu que de ladrão tornou-se amigo, gestor dos pobres e homem da caridade? Pra não falar da pecadora flagrada em adultério que ao experimentar o sabor da misericórdia abandonou o pecado e se apegou ao sonho da vida Eterna, pregada pelo Nazareno. Nos dias atuais muitos vivem tempos de mudança também. Pensemos à multidão de jovens que se reunião na Europa secularizada para ouvir um velhinho simpático (papa Bento XVI) falar sobre Jesus e seu Evangelho. As pessoas estão mudando. Os tempos estão em transição. Como está tua vida? Como você tem buscado Jesus? Você deseja mudar? O que tem feito para isso?

Seu irmão.