Primeira Leitura (1Jo 2,12-17)
Primeira Leitura (1Jo 2,12-17)
Leitura da Primeira Carta de São João.
12 Eu vos escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados por meio do seu nome. 13 Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevo, jovens: vós vencestes o maligno.
14 Já vos escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 16 Porque tudo o que há no mundo – as paixões da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo.
17 Ora, o mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Responsório Sl 95(96),7-8a.8b-9.10 (R. 11a)
Responsório Sl 95(96),7-8a.8b-9.10 (R. 11a)
— O céu se rejubile e exulte a terra!
— O céu se rejubile e exulte a terra!
— Ó família das nações, dai ao Senhor, ó nações, dai ao Senhor poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
— Oferecei um sacrifício nos seus átrios, adorai-o no esplendor da santidade, terra inteira, estremecei diante dele!
— Publicai entre as nações: Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.
Evangelho (Lc 2,36-40)
Evangelho (Lc 2,36-40)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Um dia sagrado brilhou para nós: Nações, vinde todas adorar o Senhor: pois hoje desceu grande luz sobre a terra!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 36 havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37 Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38 Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39 Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40 O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Sagrada Família, um modelo para a atualidade
Origem
As origens da festa litúrgica remontam ao século XVII. Em 1895, Leão XIII fixou a celebração no terceiro domingo depois da Epifania; Bento XV, em 1921, colocou-o na oitava da Epifania; e, atualmente, a reforma litúrgica de 1968 fixou-o no domingo depois do Natal.
Nomenclatura
A Sagrada Família, como o nome sugere, é “sagrada” e “única” ao mesmo tempo. “Santo”, porque cada um dos seus componentes é santo: o Menino é Santo por natureza; a Mãe é santa por privilégio; e José é justo pela graça.
A Santidade
A santidade de toda a família é dada pela soma da santidade desigual de cada componente individual. “Única”, porque historicamente não houve outra família igual nem jamais haverá a mesma. E isso pelo simples fato de que cada membro de uma mesma família, como pessoa, não é apenas único e irrepetível, mas também exclusivo, pois a predestinação absoluta de Cristo e Maria é uma e única, e a santidade de José é declarada oficialmente a partir de Deus.
Sagrada Família: contemplemos a casinha de Nazaré
Empenho da família
O Natal já nos mostrou a Sagrada Família reunida na gruta de Belém, mas, hoje, somos convidados a contemplá-la na casinha de Nazaré, onde Maria e José se empenham em fazer crescer, dia após dia, o Menino Jesus. Os artistas, muitas vezes, o faziam em mil situações e atitudes, colocando a Santíssima Virgem ao lado de seu Menino em primeiro plano, ou o bom São José na carpintaria onde a criança também aprende o trabalho humano, brincando. Assim, as famílias são chamadas a realizar o mesmo para com Deus e seus filhos.
Amor e culto a Deus
Podemos intuir também o imenso acontecimento que se realiza em Nazaré: poder amar a Deus e amar o próximo com um único gesto indivisível! Com efeito, para Maria e José, o Menino é o seu Deus e o seu próximo mais querido. Foi, portanto, em Nazaré que os atos mais sagrados (rezar, conversar com Deus, ouvir a sua Palavra, entrar em comunhão com ele) coincidiam com as expressões coloquiais normais que toda mãe e todo pai dirigem ao filho.
Neste dia, somos convidados a refletir sobre a nossa família
O início da história de todas as famílias cristãs
Foi em Nazaré que os “atos de culto devidos a Deus” (os mesmos que, entretanto, se celebravam no grandioso templo de Jerusalém) coincidiram com os habituais cuidados com que Maria vestiu o Menino Jesus, lavou-o, alimentou-o, entregou-se a seus jogos. Foi então que começou a história de todas as famílias cristãs, para as quais tudo (os afetos, os acontecimentos, a matéria da vida) pode ser vivido como sacramento: verdadeiro sinal e antecipação de um amor infinito.
Exemplos para as famílias atuais
Certamente, a passagem da “sagrada família” à família humana é muito delicada e complexa. O primeiro serve de exemplo para toda família que deseja inspirar-se no desígnio autêntico de Deus. Um exemplo que se adapta a cada Personagem: a Cristo, autor da Vida e do Amor; a Maria, a primeira discípula; e a José, o primeiro seguidor de Maria. A família, em si mesma, constitui o núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial. No entanto, tudo depende da fé na sacramentalidade do matrimônio que os esposos devem reconhecer, aceitar, amar e permanecer fiéis a ela.
É preciso escolher o amor
A Escolha
Hoje, parece que justamente esta característica específica está em crise, para que uma nova evangelização ajude o povo de Deus nesta recuperação. Seria desejável que os esposos tivessem sempre claro na escolha do amor o belo pensamento do Concílio Vaticano II: “a família é o lugar onde as diversas gerações se encontram e se ajudam mutuamente para alcançar uma sabedoria humana mais completa e harmonizar as direitos da pessoa com as demais necessidades da vida social…” (GS 52). Para alcançar esta nobre meta espiritual de natureza cristocêntrica, o Concílio continua: Esta é uma parte do mistério da Sagrada Família.
Minha oração
“Ó Sagrada Família de Nazaré, ali Deus foi amado e cultuado com os mais altos louvores, dai a nós por tua intercessão o mesmo amor e cuidado com Deus. Ao mesmo tempo, rogamos ao Pai celeste que derrame nas nossas famílias graças especiais a fim de vivermos para transformar a sociedade através do testemunho e exemplo. Amém.”
Sagrada Família, rogai por nós!
Fonte:
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va
- Santiebeati.it
– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Melody de Paulo