Memória de São Carlos Lwanga e companheiros mártires | Segunda- feira

Leitura da Segunda Carta de São Pedro 1,2-7

Leitura da Segunda Carta de São Pedro 1,2-7

Caríssimos, 2 graça e paz vos sejam concedidas abundantemente, porque conheceis Deus e Jesus, nosso Senhor.3 O seu divino poder nos deu tudo o que contribui para a vida e para a piedade, mediante o conhecimento daquele que, pela sua própria glória e virtude, nos chamou. 4 Por meio de tudo isso nos foram dadas as preciosas promessas, as maiores que há, a fim de que vos tornásseis participantes da natureza divina, depois de libertos da corrupção, da concupiscência no mundo. 5 Por isso mesmo, dedicai todo o esforço em juntar à vossa fé a virtude, à virtude o conhecimento, 6 ao conhecimento o autodomínio, ao autodomínio a perseverança, à perseverança a piedade, 7 à piedade o amor fraterno e ao amor fraterno, a caridade.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 90(91),1-2.14-15ab.15c-16 (R. 2b)

Responsório Sl 90(91),1-2.14-15ab.15c-16 (R. 2b)

— Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

— Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
 
— Quem habita ao abrigo do Altíssimo *e vive à sombra do Senhor onipotente, 2 diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, *sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. 
 
— “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo * e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, * a seu lado eu estarei em suas dores
 
 
— Hei de livrá-lo e de glória coroá-lo, † vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, *e vou mostrar-lhe minha graça e salvação”

Evangelho (Mc 12,1-12)

Evangelho (Mc 12,1-12)

—  Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Jesus Cristo, a fiel testemunha, primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou, em seu sangue derramado. (Cf. Ap 1,5ab)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2 Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3 Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4 Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram.

5 Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6
Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Então agarraram o filho, o mataram,
e o jogaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10 Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11 isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?” 12 Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

São Carlos Lwanga e companheiros, "queremos rezar até a morte"

Padroeiro da Juventude Africana

Atraído pelos Missionários da África, chamados de “Padres brancos”, fundados pelo Cardeal Lavigerie, Carlos Lwanga, que pertencia ao clã Ngabi, foi alcançado pela força do Evangelho em 1885. Ele se tornou o chefe dos jovens pajens que serviam a corte do rei Mwanga em Uganda, na África, que há pouco haviam se convertido, sendo ele um exemplo e um incentivador desses fiéis seguidores da fé católica. E recebendo em 1934, pelo Papa Pio IX, o título de Padroeiro da Juventude Africana.

Evangelização na África

Devido às diferenças culturais e aos sofrimentos decorrentes da colonização, a evangelização na África foi um processo doloroso. Os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, de caridade, para que não fossem confundidos com os colonizadores. Pouco tempo depois da entrada dos padres que foram causa da conversão de Carlos e seus companheiros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

“Exemplo de morte”

Um pajem de dezessete anos, chamado Dionísio, foi visto ensinando religião. Assim, de próprio punho, o rei atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda a noite, e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte.

Usou este exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam.

Preparação para a morte

Diante de toda essa situação, Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, batizando os que ainda não haviam sido batizados, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, seguido de outros quinze, quando, em sua corte, o rei separou os pajens entre os que rezavam e os que não rezavam:

“Todos aqueles entre vocês que não têm intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles, porém, que querem rezar reúnam-se contra aquele muro”.

“Mas vocês rezam de verdade?”, perguntou o rei.

Sim, meu senhor, nós rezamos realmente”, respondeu em nome de todos, Carlos.

“E querem continuar rezando?”  

“Sim, meu senhor, até a morte”.

Então, matem-nos”, decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes.

Pureza 

Além do ódio à religião, acredita-se que o rei também estava movido pelo ódio a Santa Pureza, já que essa formação de pajens, muitas vezes, eram obrigados a satisfazer os desejos impuros do rei.

Prisão e Martírio

Para aumentar o sofrimento dos condenados, foram transferidos para uma prisão em Namugongo, sofrendo ultrajes e violência durante todo o caminho pelos soldados do rei.

Em 3 de junho de 1886, na expectativa de evitar mais conversões, o rei decretou a mortes de Carlos, que foi queimado vivo diante de todos. Dirigindo suas últimas palavras a um dos jovens que viriam a morrer com ele: “Pegarei na tua mão. Se tivermos que morrer por Jesus, morreremos juntos, de mãos dadas”.

Fé fecunda

A tentativa foi frustrada: seguindo o irmão na fé, nenhum deles – jovens de até vinte anos – renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

Todos rezaram até o fim. E um deles dizia ao morrer: “Uma fonte, que tem muitas fontes, jamais secará. Quando nós não existirmos mais, outros virão depois de nós”.

Beatificação e Canonização

São Carlos Lwanga e os 22 mártires de Uganda foram beatificados, em 1920, por Bento XV. E, 30 anos depois de declarado Padroeiro da Juventude Africana, o Papa Paulo VI, em 1964, canonizou esse grupo de mártires.

A minha oração

Meu Jesus, ensina-me a testemunhar a fé como o fizeram estes servos fiéis Teus. Que, enquanto eu viver, o Senhor me conceda a graça da oração constante, da perseverança nos Teus ensinamentos e do amor à Tua Santa Pureza. Que eu possa ser parte dessa fonte que nunca deixa de jorrar a Tua água que é fonte de libertação e salvação. Conceda-me, Jesus, pela intercessão de São Carlos e de todos os seus jovens companheiros, uma fé muito além do meu entendimento e um coração abandonado à Tua vontade. Assim seja!

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

Fontes:

  • Martirológio Romano
  • Arquisp
  • Vaticannews
  • Padrepauloricardo.org
  • Paulus

– Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova