Em todos os tempos e em praticamente todos os povos, o anel personificou o símbolo de autoridade, de dignidade e de preeminência: ele é para a mão o que é a coroa para a cabeça. De igual modo, o anel episcopal contém estas características, uma vez que ele reflete a eminente autoridade, a dignidade e a preeminência do prelado que o porta. Ademais, também é ele um símbolo da aliança espiritual que une o Bispo com sua Igreja; com efeito, ele o leva na mão direita (no dedo anular) pois é com esta que abençoa suas ovelhas. Como penhor de lealdade e como símbolo de seu desponsório com a Santa Igreja – de sua fidelidade à Esposa de Cristo – utiliza um anel. Desde tempos remotos a Igreja fez esta correlação. Santo Optato de Mileva (século IV), sobre o anel episcopal, já escrevia que seu uso pelo Bispo servia para que se reconhecesse que ele era esposo da Igreja.
Dentre os Bispos há um que se sobrepassa, por sua missão e comunicação com o Espírito Santo: o Bispo de Roma, o Papa. A tão excelente prelado cabe um anel todo especial: o chamado “anel do Pescador”, que, por sua vez, também representa a Missão do Sumo Pontífice, ou seja, missão de ser pescador de homens, e salvá-los da morte, com a rede do Evangelho. É o que nos ensinou Bento XVI, na homilia na qual ele mesmo recebeu o anel do pescador: “A rede do Evangelho tira-nos para fora das águas da morte e conduz-nos ao esplendor da luz de Deus, na verdadeira vida. É precisamente assim na missão de pescador de homens.”
Comunidade Coração Fiel