Cidade do Vaticano (RV) – Roma prepara-se para o Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco de 8 de dezembro de 2015 a 26 de novembro de 2016. “Não conhecemos o número de peregrinos que virão a Roma. Para agosto não estão previstas reuniões com autoridades italianas, mas as prioridades já foram indicadas”, revela o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.
Cooperação entre Santa Sé e Governo italiano
Em entrevista ao Vatican Insider, o Arcebispo afirmou que a cooperação entre a Santa Sé, o governo italiano e as administrações estaduais e municipais “é constante” e o clima “é muito positivo”. Não obstante as atuais dificuldades na Prefeitura de Roma, “não existe, até o momento, nenhum vazio ou atraso nos contatos com a Prefeitura de Roma”, observou.
Mesmo avaliando que a organização avança a bom termo, Dom Fisichella admite os problemas existente em uma metrópole como Roma, que serão amplificados com o aumento do fluxo de peregrinos. Entre estes, cita “as dificuldades cotidianas ligadas à mobilidade, à saúde que é de competência estadual, à segurança que diz respeito sobretudo ao Governo”. O Vaticano, de fato, chama a atenção dos referentes italianos não somente para os principais eventos jubilares aos quais tomarão parte grandes multidões, mas também para a “gestão cotidiana de uma peregrinação difusa e contínua ao longo de toda a abertura da Porta Santa”.
Vaticano e episcopados nacionais
A respeito da interação entre o Vaticano e os episcopados nacionais, Dom Fisichella explica que foi enviado a todos os bispos do mundo uma carta com um manual de informações sobre todas as questões relativas ao Jubileu, como vivê-lo na própria diocese, “que é a coisa mais importante”, e como “viver e organizar as peregrinações a Roma”.
Peregrinos devem ser protegidos
Para impedir a especulação econômica do evento, “as várias categorias que supervisionam os diferentes operadores devem ser capazes de um controle efetivo sobre os preços e taxas”. Dos hoteleiros aos comerciantes. Os peregrinos, na verdade, são “uma categoria especial de pessoas que precisam de proteção”, frisou o Arcebispo.
Mobilidade
Existem alguns nós na logística que os organizadores ainda devem resolver, como a ligação entre os estacionamentos na periferia para os ônibus turísticos e a Praça São Pedro e as áreas que acolherão eventos jubilares. “Estas questões ainda não foram tratadas – precisa Dom Fisichella. O ponto fundamental é que qualquer pessoa que chegue a Roma esteja em condições de chegar à Porta Santa após uma breve peregrinação à pé”. Por isto, “procuramos favorecer as condições para que os peregrinos possam ser dignos deste nome”, por meio de pontos de acolhida e estruturas que estão sendo organizadas.
A cada mês, Papa inaugura nova obra caritativa
Durante o Jubileu, o Papa Francisco vai inaugurar em Roma uma obra caritativa por mês: doze atividades que permanecerão a serviço dos setores mais necessitados da população. A eles corresponderão os grandes eventos jubilares por temas e categorias: doentes e deficientes, jovens, sacerdotes, voluntários da Misericórdia, grupos marianos, Cúria Romana, devotos do Padre Pio (cujo corpo será exposto em São Pedro na Quarta-feira de Cinzas. A área do antigo Hospital psiquiátrico Santa Maria da Piedade será transformada em albergue para hospedar os peregrinos. (JE/Vatican Insider)
Fonte: Rádio Vaticano