“Existe uma grande conspiração contra tudo aquilo que consideramos base para a humanidade! Algumas pessoas têm um plano para anular o equilíbrio atual da sociedade e impor sorrateiramente outro ‘equilíbrio’, favorecendo seus interesses”. São apenas hipóteses, suposições. Mas gostaria que você, por um instante apenas, imaginasse que fossem verdade. A humanidade se estruturou durante séculos ao redor de bases muito sólidas como a Família, Sociedade, Religião. É verdade que nem tudo anda conforme deveria, mas apesar dos pesares, estas bases orientaram um equilíbrio que amparou a história do homem sobre a terra. Você já percebeu que para muita gente essas bases já não contam e precisariam ser substituídas? Paranóia ou não, o fato é que os efeitos dessa tendência estão trazendo um verdadeiro terremoto para nossa vida.
A família é vítima da tentativa de ser reescrita em seu significado. Como subsistir a família se hoje é mais fácil fazer sexo do que assumir suas conseqüências? Nossos jovens ganham preservativos até nas escolas. A libido é estimulada pela ilusão de que o prazer deve ser buscado sem se preocupar com sua origem e destino. Quem é ‘educado’ para o prazer não sabe o valor da renúncia que tantas vezes é necessária para solidificar uma família. Que família? Quantos filmes (ou novelas) você já assistiu onde o modelo familiar de pai+mãe+filhos é feliz? Será que não estão tentando criar um novo ‘molde’ para o termo ‘família’? De que tipo? O que sustenta militantes homossexuais brigarem pelo ‘direito’ de constituírem “família” e adotarem filhos? De onde vem essa motivação?
Que sociedade subsistiria sem credibilidade? Falam de ‘quadrilha de policiais’, ‘máfia de políticos’ e juízes comprados. Quanta gente já não consegue confiar na idoneidade dos policiais. Desconfiando dos políticos, quanta gente já desistiu de usar o direito do voto, conquistado a tão duras penas. Da frase ‘tudo acaba em pizza’, quanta gente não sabe a quem apelar, pois já se soube de corrupção (passiva e ativa) até nos tribunais. E as acusações de professores e médicos que compraram seus diplomas e mesmo assim exercem a profissão? Se ninguém merece confiança, que autoridade legitimaria a existência do Estado e da Sociedade?
O que dizer da religião? Há tanta oferta que para muitos é mais fácil criar uma religião particular, inserindo as ‘coisas’ que mais lhe agradam e excluindo o resto. O que está por trás da tentativa despudorada de manchar a batina branca do Papa com as acusações dos últimos tempos? Enquanto pesquisas internacionais alertam que 96% dos casos de abusos sexuais (pedofilia inclusa) acontecem no seio familiar, e a Holanda tenta convencer o parlamento de que não se pode privar as crianças do prazer sexual (descriminalizando o sexo com crianças!); porque a grande tentativa de encontrar na Igreja Católica o rosto de Judas a ser enforcado pelas mãos da sociedade? A intenção (como tentaram o nazismo e o socialismo) não seria livrar a humanidade da religião?
Para todas essas investidas se faz uso de um 4º poder, tão poderoso quanto o legislativo, executivo e judiciário. A coerção das mentes se aninha no (ab)uso tendencioso dos Meios de Comunicação.
E se tudo fosse uma grande conspiração, com objetivo de implantar um mundo sem vínculos familiares, sem dever de respeito e obediência às autoridades constituídas e na mais completa ausência de referência espiritual? O que sobraria? A humanidade fragilizada ao extremo, estaria à mercê da anarquia total. Quem estivesse por trás de tudo, teria a chance de subjugar nossa liberdade de crer e de amar.
A Bíblia diz que há ‘forças espirituais’ espalhadas nos ares (Efésios 6,12ss), e elas agem através de pessoas também. Conspiração ou não, temos muitos testemunhos de gente que nadou contra a corrente e foi feliz. Desde Francisco de Assis e Mahatma Gandhi a Tereza de Calcutá e João Paulo II. Quem ousou negar que lhe fosse tirado o direito de crer, pôde encontrar sentido e alegria. E deixou-nos um exemplo. Eu e você, temos o direito de crer e de amar. Custe o que custar!
Seu irmão,
Pe. Delton Filho