Em mensagem publicada pela Conferência Episcopal Polonesa, nesta terça-feira, 5, recorda-se o testemunho de santidade do casal

Da Redação, com Conferência Episcopal da Polônia

Na última quinta-feira, 7, teve início em Cracóvia, Polônia, o processo de Beatificação de Karol Wojtyła e Emília Kaczorowska, pais de São João Paulo II. Nesta data, a documentação relativa aos procedimentos necessários ao processo será entregue à Cúria Metropolitana. Na documentação, constam os relatórios de investigação, testemunhos e história relacionadas aos Servos de Deus.

Os pais de Karol Wojtyla podem ser um exemplo forte para as famílias contemporâneas, afirma cardeal/ Foto: Conferência Episcopal Polonesa

O pedido de abertura foi realizado pelo arcebispo metropolitano de Cracóvia, Dom Marek Jędraszewski, por ocasião do centenário de nascimento de João Paulo II que será comemorado no próximo dia 18. O arcebispo informou que, após o parecer positivo, em outubro de 2019, da Conferência Episcopal Polonesa e após a aprovação do Congregação das Causas dos Santos em Roma, a arquidiocese autorizou os processos de beatificação.

Em mensagem publicada pela Conferência Episcopal Polonesa, nesta terça-feira, 5, recorda-se o testemunho de santidade do casal, por meio da mensagem do Cardeal Stanisław Jan Dziwisz, que foi o secretário particular de João Paulo II por todo o seu pontificado. “Os pais de Karol Wojtyla podem ser um exemplo forte para as famílias contemporâneas. Não há dúvida de que a atitude espiritual do futuro Papa e santo foi formada na família, graças à fé dos pais”, afirmou o cardeal.

Os processos serão realizados separadamente, de modo a verificar se Emília e Karol praticaram as virtudes de modo heroico, que gozam da reputação de santidade e que, mediante a intercessão deles, as pessoas receberam os favores de Deus.

Padre Andrzej Scąber, delegado nomeado pela arquidiocese para o processo, explica que serão ouvidos filhos e netos de testemunhas diretas da vida dos dois Servos de Deus, e que o próprio Papa, em um certo sentido, será testemunha direta da santidade de seus pais, dado os muitos textos que confirmam as pessoas excepcionais que eram.

Ao anunciar o processo em outubro do ano passado, padre Andrzej declarou que a recordação entre a população de Wadowice e Cracóvia dos pais de João Paulo II é ainda muito viva, apesar de não haver grande número de testemunhas diretas.

“O processo não será fácil devido ao número limitado de testemunhas oculares, mas podemos já dizer que a documentação coletada, em particular a que se refere a Karol Wojtyła, é muito ampla”, afirmou padre Andrzej.

Um testemunho para os nossos tempos

Emília e Karol Wojtyła se casaram, em 10 de fevereiro de 1906, em Cracóvia. O casal deu à luz três filhos: em 1906, Edmund, e em 1920, Karol (João Paulo II), e Olga, falecida pouco depois do nascimento. Emilia Kaczorowska morreu quando o futuro Pontífice tinha apenas 9 anos de idade. O pai de João Paulo II morreu, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial.

“Não há a menor dúvida de que a espiritualidade do futuro santo Pontífice foi formada na família e graças à fé de seus pais”, disse o cardeal Stanislaw Dziwisz, ex-secretário particular de João Paulo II.

O cardeal disse ainda estar convencido de que “os pais do Papa polonês podem se tornar um exemplo válido para as famílias modernas”, e lembrou que o Papa Francisco, durante a cerimônia de canonização, deu a Wojtyla precisamente o título de “Papa das famílias”.

 

Fonte: noticias.cancaonova.com