Como viver bem os nossos dias? Como podemos experimentar a realização completa da nossa existência? A questão não se refere apenas a ‘alegrias’. Estamos falando de ‘Felicidade’. A distinção é muito importante entre essas duas palavras. As alegrias são momentâneas; dizem de um momento. A Felicidade é um estado de alma; dizem de estabilidade. O mundo pode dar prazeres (alegrias), mas só Deus pode dar a Felicidade!

Como isso acontece? Por meio da vida na Presença do Senhor. Viver assim também pode se chamar: santidade. Atenção: o santo não é uma pessoa que não peca ou nunca pecou. Com exceção de Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, todos nós estamos sujeitos ao pecado neste mundo. A Santidade que gera a realização interior (Felicidade), acontece quando optamos por Deus. Ao tomar a decisão de ser de Deus, não apenas pensamentos e palavras começam a mudar, transforma-se também nosso modo de agir!

O grande desafio é aceitar as condições para viver na Presença de Deus. Assim como água e óleo não se misturam, a Presença de Deus não consegue se manter diante da duplicidade do coração, do fingimento, da falsidade. Viver na Presença de Deus gera em nós o desejo de ter os mesmos sentimentos Dele. Por vezes essa realidade vai exigir sacrifícios. O próprio Deus fez sacrifício ao enviar Seu Filho ao Mundo para nos redimir. O Filho de Deus, Jesus de Nazaré, foi o homem do sofrimento, do sacrifício. Corpo entregue, sangue derramado – foi o que Ele anunciou na noite da última ceia(Cf Mt 26,26ss). Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Lc 9,23)! Essa afirmação brotou dos lábios do Divino Mestre que jamais rejeitou cumprir sua missão, que incluiu traição, flagelação, crucifixão e sepultura. O Servo não é maior do que o Seu Senhor; se queremos seguir os passos de Jesus, teremos de abraçar o que Ele abraçou: a cruz. Todavia, o sacrifício e o sofrimento da Cruz não ficam sem resposta diante de Deus. Assim como Deus Ressuscitou Jesus no Terceiro Dia. O Pai do Céu também ressuscitará os que tiverem seguido as pegadas de Cristo.

Davi, ao manifestar seu desejo de agradar a Deus e receber Seu perdão afirmou: “Meu sacrifício é minha alma penitente!” (Sl 50). Esse é um ótimo exemplo. A alma penitente reconhece seus pecados. Chora suas culpas. Deus enxuga essas lágrimas e purifica os que o temem. É essa a obra da redenção pessoal que nos espera. Buscando isso, estamos no caminho da santidade. Ser santo não é algo extraordinário ou anormal. Anormal é uma pessoa que foi Criada para Deus, viver longe Dele. Extraordinário é permitir que uma alma imortal acabe por perder Aquele que a criou do jeito que é. Saiba: o primeiro interessado em viver com você é o Senhor Deus. Deus quer a nossa santidade.