O primeiro domingo do Advento, no último dia 3 de dezembro, marcou o início do uso da tradução da terceira edição típica do Missal Romano na Igreja no Brasil. Para marcar esta data, foi realizada, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma celebração em ação de graças no Santuário Nacional de Aparecida (SP), também como forma de agradecer a chegada de mais de 70 mil missais às comunidades católicas do país.
O arcebispo de Goiânia, dom João Justino de Medeiros e Silva, presidiu a celebração que foi concelebrada pelo bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Farias, e o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes.
Em sua homilia, dom João Justino enalteceu a importância da data, uma vez que “há 50 anos atrás entrava em uso a tradução do missal em português correspondente à primeira edição típica. E dia 4 de dezembro, completam-se 60 anos da promulgação da Constituição Sacrosanctum Concilium, documento do Concílio Vaticano II que fundamenta a reforma litúrgica”.
O arcebispo lembrou que representou, na celebração, a CNBB. Dom João Justino enalteceu ainda o trabalho de tradução da nova edição do missal. “Nossas comunidades, país afora, acompanharam o trabalho delicado e exigente de bispos e peritos nas línguas latina e portuguesa. Eles, por muitos anos, se debruçaram sobre os textos, afinaram seus ouvidos para a melhor comunicação dos textos litúrgicos, e finalmente nos entregaram a tradução final. O missal é um livro de orações”.
70 mil exemplares distribuídos
O primeiro vice-presidente da CNBB deu destaque ainda o trabalho dos colaboradores que trabalharam para consolidar a publicação, especialmente das Edições CNBB, que entregaram mais de 70 mil exemplares do missal, distribuídos até para as mais longínquas comunidades. “Agradecidos, hoje podemos dizer que o Missal chegou do Oiapoque ao Chuí e, neste primeiro domingo do advento todos nós católicos podemos celebrar com a nova tradução das orações litúrgicas da Igreja”, disse.
Sobre o Advento, dom João Justino ressaltou que os cristãos e católicos vivem entre “a primeira vinda e a segunda vinda. “Na história estamos entre o nascimento de Jesus, o Natal, e sua vinda futura, cujo dia e hora o próprio Jesus afirmou: ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas só o Pai. (cf. Mateus 24,36)”, reforçou.
O Missal
O processo de tradução levou 19 anos de trabalho. A jornada começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição típica. Desde então, foram anos de intenso trabalho de tradução, revisão e aprovação do conteúdo, coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel).
A terceira edição típica do Missal Romano foi aprovada pelos bispos na 59ª Assembleia Geral da CNBB e encaminhada ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em dezembro de 2022. A confirmação da Santa Sé foi publicada no dia 17 de março deste ano. A Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, as Edições CNBB e a Assessoria de Comunicação da CNBB prepararam um hot site onde é possível acessar textos, vídeos, notícias e formação sobre a terceira edição típica do missal.
Fonte: CNBB