Conexão Vaticano, da Comunidade Coração Fiel, destaca a grandeza do pontificado e os próximos passos da Igreja
A Igreja Católica amanheceu em luto com a notícia da morte do Papa Francisco, o 266º sucessor de São Pedro e primeiro pontífice latino-americano da história. Conhecido como o “Papa da Misericórdia”, Francisco deixa um legado profundo de amor, inclusão e renovação espiritual. A repercussão do falecimento foi o tema da edição especial do programa Conexão Vaticano, apresentado por Pe. Delton Filho, da Comunidade Coração Fiel.
Em tom emocionado, Pe. Delton destacou que a partida do Papa acontece num tempo marcado pela fé e pela esperança. “A Providência Divina foi carinhosa conosco. Ontem, ele apareceu na Loja Vaticana para nos conceder a bênção Urbi et Orbi. Foi como uma despedida”, afirmou, referindo-se à tradicional janela da Basílica de São Pedro.
A morte do pontífice dá início ao chamado período de Sede Vacante, em que o trono de Pedro permanece sem sucessor. Nesse intervalo, quem assume a administração do Vaticano é o Cardeal Camerlengo, cuja função é garantir a continuidade das atividades da Santa Sé e preparar o Conclave — encontro reservado entre cardeais que elegerão o novo Papa. Segundo o rito, os cardeais se reúnem na Capela Sistina e, ao escolherem o novo pontífice, anunciam ao mundo por meio da fumaça branca e dos sinos da Basílica de São Pedro.
Um pontificado transformador
Pe. Delton fez memória às grandes marcas do pontificado de Francisco, iniciado em 2013:
Primeiro Papa da ordem dos jesuítas;
Primeiro pontífice não europeu em 1200 anos;
Criador de uma das maiores e mais diversas composições do Colégio Cardinalício, com membros de todos os continentes;
Autor de documentos marcantes, como a encíclica dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.
“Francisco trouxe grandes transformações para este tempo da nossa Igreja. Ele conciliou, guiou, acolheu. Um papa que ficará entre os maiores da história por sua coragem, sensibilidade e fidelidade ao Evangelho”, declarou Pe. Delton.
A Igreja em oração
A expectativa agora se volta à eleição do novo pontífice. “É tempo de joelhos dobrados”, ressaltou o sacerdote. As missas passarão, temporariamente, a ser celebradas sem a citação do nome do Papa — o que reforça, para os fiéis, a ausência do sucessor de Pedro até a eleição.
O Jubileu da Esperança, iniciado por Francisco, continuará sua programação, e poderá entrar para a história como o primeiro jubileu em que um Papa abre e outro Papa fecha a Porta Santa — um gesto simbólico que marca o encerramento do Ano Santo.
“Cabe a nós agradecer a Deus pela vida e pelo ministério do Papa Francisco. Seu legado é uma semente que continuará frutificando na Igreja. E com confiança, suplicamos ao Espírito Santo que guie os cardeais na escolha daquele que conduzirá o rebanho de Cristo a partir de agora”, concluiu Pe. Delton.