Dom Bosco um mestre perene

 

Entre os grandes santos da modernidade não podemos deixar de falar de São João Bosco; “Pai e Mestre da Juventude”.

Dom Bosco nasceu na Itália em 1815 e ficou órfão de pai aos dois anos de idade, mas foi muito bem educado por sua querida mãe Margarida que muito o ajudou, até mesmo nos seus Oratórios de meninos carentes.

Desde pequeno o “Joãozinho” já liderava o grupo de colegas e fazia malabarismos para atraí-los e poder falar-lhes de Deus; quando tocava o sino levava a turma à igreja. Foi ordenado sacerdote em 1841, em Turim.

ensinamentos_dos_santos2Dom Bosco entregou sua vida ao cuidado dos jovens; ele dizia: “basta que você seja jovem para que eu o ame”; e sabia educar todo tipo de jovem revoltado.

“Pai e Mestre da Juventude”

Seu primeiro Oratório teve o nome do grande santo e doutor da Igreja que muito admirava, São Francisco de Sales, que foi bispo de Genebra no século XVI e escreveu obras famosas como a “Vida Devota” e o “Tratado do Amor de Deus”.

Como todos os santos fundadores de Obras religiosas, Dom Bosco teve muitas dificuldades financeiras e opositores. Sua pedagogia, baseada na alegria e no amor, tornou-se universal. Era a prática do método preventivo (ao invés do repressivo), um método pedagógico simples e eficaz para educar os jovens.

Dom Bosco fundou duas Congregações religiosas: os padres salesianos e as irmãs filhas de Maria Auxiliadora. Foi um escritor fecundo. Fundou escolas tipográficas, revistas e editoras para difundir a boa imprensa católica. Exerceu ação de intermediário entre a Santa Sé e o governo italiano e muito ajudou o Papa Pio IX. A pedido do Papa construiu a igreja do Sagrado Coração de Jesus em Roma, perto do Termini.

 

Dom Bosco dizia que numa boa educação jamais poderia faltar a formação religiosa, porque sem o auxílio da graça de Deus o jovem não consegue vencer as paixões desordenadas da alma humana, o pecado. Este é um grande desafio que Dom Bosco soube vencer. Muitos educadores do seu tempo queriam saber qual o “milagre” que Dom Bosco fazia para ganhar para Deus tantos jovens rebeldes. Entre outras coisas, Dom Bosco respondia: “Consigo de meus meninos tudo o que desejo, graças ao temor de Deus infundido em seus corações”.

Este grande mestre dizia que em primeiro lugar era necessário conquistar a confiança do jovem. Ele disse isso ao Cardeal Tosti, em Roma, em 1858: “Veja, Eminência, é impossível educar bem a juventude se não se lhe conquista a confiança”.

Ele levava os jovens a evitar o pecado. Para isso, Dom Bosco usava com eles de uma grande vigilância e muita atenção e carinho, de maneira paterna. Seu olhar estava atento aos jovens nos recreios, para de imediato fazer a correção, eliminar as brigas, os maus costumes, as iras, etc. Um dia lhe perguntaram se ele não tirava férias, respondeu: “Só vou tirar férias quando eu souber que o demônio vai tirar também; não vou deixar meus jovens à mercê dele”.

Também nunca dava castigos físicos, porque dizia que isso só revoltava os jovens. Ele usava uma palavra adequada, um olhar triste de decepção, enfim, mostrava seu desagrado e decepção. Um dia ele não conseguiu dar o “boa noite” aos meninos por causa da algazarra que faziam; então, ele os mandou dormir sem ouvir a sua palavra por causa do mau comportamento deles; nunca mais isso aconteceu.

Dom Bosco conquistava os jovens pela alegria. Ele dizia que os jovens são como abelhas, atraídas por uma colher de mel. No convívio amoroso com os jovens ele aproveitava para contar histórias edificantes, dar bons conselhos e, desafiá-los a repetir as boas ações dos santos. Dom Bosco tinha aprendido com seu santo inspirador, São Francisco de Sales, que um cristão triste é um triste cristão. Para isso, ele usava também a música e dizia que “uma casa sem música é como um corpo sem alma”.

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Este amável santo sabia que o mais difícil com os jovens era a perseverança no bem; por isso, dizia-lhes que sem os Sacramentos e a devoção a Nossa Senhora era impossível permanecer no bem. Também por este motivo gastava tempo com eles nas Confissões, nas quais perdoava e moldava cada jovem diamante que Deus lhe confiou.

Penso que tudo isso que Dom Bosco viveu e ensinou seja necessário hoje, mais do que nunca neste tempo triste, em que a infância e a juventude são empurradas, até pelo governo, para o mau caminho da imoralidade e dos maus costumes.

Dom Bosco era sempre o mesmo entre os pobres ou entre reis e ministros. Era amigo dos protestantes e judeus, e escrevia: “Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas.” Morreu no dia 31 de janeiro de 1888 e foi canonizado por Pio XI em 1934.

Prof. Felipe Aquino

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