Psicologia e música

1Os registros negativos aos quais o ser humano é exposto durante sua formação são muito grandes. Quantas palavras negativas nós escutamos desde a infância. Isso vai marcando nossas mentes.

Onde o Espírito e a música entram?  

A música inspirada por Deus anuncia a verdade e o ritmo ajuda muito porque o próprio som instrumental faz com que a  pessoa fique atenta, aberta. De repente, alguém canta: “Você é amado”, “Você é especial”, “Você é livre”, então, acontece um confronto entre o que está gravado no seu inconsciente e o que está sendo ouvindo. Ela se lembra de coisas muito negativas e, então, se questiona sobre quem tem razão e qual verdade deve seguir.

Como psicólogo, trabalho esta questão no dia-a-dia em meu consultório: os filhos são os fiéis depositários de toda harmonia ou desarmonia que existe entre o casal. É só lembrar da história que cada um teve na sua casa. Por isso, muitos se convertem com a ajuda da música que vem ao encontro de tantos desamores recebidos em casa.

A música é uma ferramenta maravilhosa que Deus coloca em nossas mãos. E uma responsabilidade grande para quem tem este ministério – de não só anunciar as maravilhas de Deus –, como também de viver o que diz. O músico deve estar preocupado com o que vai anunciar e também com o que vai viver.

O casamento da psicologia com a música ocorre neste sentido, de modo que a música seja uma ferramenta construtiva, tirando da pessoa aquela falsa auto-imagem negativa, que estava antes registrada, para que a verdade seja anunciada.

Imagine um jovem que já está buscando um referencial para sua vida e que, de repente, ouve uma música muito bem embalada, mas que o leva a se perder ainda mais, oferecendo-lhe uma falsa liberdade. O ritmo acaba reforçando esta idéia de um mundo falso. Esta é uma armadilha que o leva apenas à destruição, porque as idéias erradas acabam se fixando dentro dele.

A nós não cabe apenas criticar este tipo de música, mas atingi-lo por meio de outra forma. Dizer-lhe: “Experimenta o meu amor e escolha”, apresentando-lhe os dois caminhos a seguir, como ensina o Salmo 1. Precisamos aprofundar e aprimorar as ferramentas utilizadas e colocá-las a serviço dos demais. O jovem, finalmente, encontrará em Deus o que há tanto tempo procurava.

Olavo Rodrigo Araújo Junior
Psicólogo – CRP 08/10178
Fonte: Canção Nova

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