Não é fácil ser família hoje em dia. Aliás, grande desafio é “criar” família, educar filhos de forma cristã e prepará-los para “saber” viver, ou até mesmo caminhar com suas próprias pernas! As rápidas mudanças sociais, a mudança dos costumes e hábitos, digamos de passagem, “forçada” pelo “galopante” avanço tecnológico, nem sempre é orientada para uma vida familiar sadia. Mas, ao contrário, o desenvolvimento das comunicações levou para nossos lares, de um lado, uma sensação de progresso, e de outro, o “lixo” venenoso que, aos poucos, vai adentrando os lares e destruindo toda uma formação moral e ética em que se fundamentam os valores cristãos da sociedade.
Hoje, a família é bombardeada pela TV com novelas, filmes e programas que ferem a moral e a ética, como se fossem coisas normais, e tenta infundir no coração dos pais menos desavisados e na mente de nossas crianças aberrações que vão contra tudo aquilo que aprendemos e cremos. A maioria dos artigos jornalísticos e revistas busca deformar a consciência dos pais, que muitas vezes aderem aos absurdos que são anunciados/noticiados; o acesso à internet, que é um campo ilimitado de informações perigosas que deturpam, aliciam e até tornam dependentes crianças, adolescentes e adultos.
São João Paulo II não se cansava falar sobre os males que assolam os tempos atuais, aos quais ele denominava como “cultura da morte”, que visa não só destruir a família, mas também a vida no nascedouro, através do aborto. Quando afirmou que o futuro da humanidade estava em perigo, ele estava preocupado com a distorção de valores e a má formação familiar e da vida em face aos ataques que enfrentamos via a globalização e repito a perda de valores!
É verdade também que os pais e educadores não podem querer “enfiar goela abaixo” os valores que recebemos de nossos pais, é preciso sim valorizar e buscar meios para conduzir, de forma serena e harmoniosa os valores cristãos e morais, sem assustar mas, acima de tudo unir e testemunhar que é possível ser feliz, de verdade, vivendo o evangelho como Cristo nos ensinou.
O Papa Francisco escreveu no dia 30 de março deste ano, uma carta para o 9º Encontro Mundial das Famílias que se realizará em Dublin, na Irlanda, em agosto de 2018, onde Francisco nos convida a nos perguntar: O Evangelho continua sendo alegria para o mundo? A família continua sendo uma boa nova para o mundo de hoje? “Tenho certeza que sim”, responde o Papa, e “este sim está firmemente estabelecido no desígnio de Deus”.
Mais adiante em sua carta o Papa sugere às famílias de se perguntarem várias vezes se estão vivendo a partir do amor, para o amor e no amor. “Isso significa concretamente: doar-se, perdoar-se, não perder a paciência, antecipar o outro e respeitar-se.
Como seria melhor a vida familiar se a cada dia fossem vividas três palavras simples: permissão, obrigado e desculpa.
Todos os dias fazemos experiência de fragilidade e fraqueza. Por isso, todos nós, famílias e pastores, precisamos de uma humildade renovada que plasme o desejo de nos formar, nos educar e ser educados, de ajudar e ser ajudados, de acompanhar, discernir e integrar todos os homens de boa vontade”.
Encerro esta partilha com você, pedindo que reflita as palavras de nosso Papa Francisco e, se puder, leia a Exortação Apostólica pós-sinodal “Amoris laetitia”. Ali você encontra um caminho seguro para te ajudar a enfrentar os desafios que nossas famílias enfrentam nos dias de hoje.
Deus lhe abençoe!
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