Hoje em dia, nosso mundo está de “cabeça para baixo”. Estamos sofrendo diversos ataques do inimigo. O nosso pecado e o pecado das outras pessoas tem ferido nossos corações espirituais. Estas feridas interiores nos paralisam e impedem nosso crescimento espiritual. As feridas mais comuns são as carências, os ressentimentos e os traumas. A ausência de afeto e amor, paterno ou materno, principalmente na infância e na adolescência, causam as chamadas carências. A falta de perdão, as mágoas, as raivas, geram os ressentimentos.

Não somos capazes de imaginar até onde pode chegar um coração ressentido. Falta de paciência, brigas, divisões e até mesmo assassinatos podem surgir a partir do ressentimento. Os traumas são feridas interiores profundas causadas por alguma perda ou violência através de palavras e ações (como surras, espancamentos, estupros ou perdas de entes queridos).

As feridas interiores nos impedem de amar e, consequentemente, impossibilitam nossa progressão na caminhada com Deus. Elas nos aprisionam e nos escravizam. Destas feridas brotam uma infinidade de pecados. “Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos.” (Mc 7, 21). Se os pecados surgem a partir do interior, é no interior também que o Senhor deve agir e curar. Por isso, necessitamos de uma urgente cura interior.

Deus nos ama e nos quer plenos no amor e na maturidade. Por meio da cura interior é restaurada nossa personalidade. A cura interior é chave para a cura total da pessoa. A cura interior não é só importante: ela é extremamente necessária para a nossa santificação! Se não abrirmos nossos corações para a cura interior, acabamos nos entregando ainda mais ao pecado e aos vícios.

Primeiramente, necessitamos aceitar que somos feridos, doentes, leprosos… Precisamos pedir ao Espírito Santo a capacidade de recordar os fatos, as pessoas, por mais dolorido que seja. Depois nos apresentamos, com humildade, diante de Jesus, dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me.” (Mt 8, 2). Jesus tocará o profundo dos nossos corações, e dirá: “Eu quero, sê curado.” (Mt 8, 3). O infinito amor d’Ele penetrará nosso interior e preencherá o vazio dos nossos corações. Então, nos reconciliaremos com as pessoas e com nossa própria história. Haverá uma transformação dos fatos da nossa história. Sairá de cena o personagem do “coitadinho” e entrará em cena o “protagonista” de uma história de salvação. Perceberemos a presença de Jesus caminhando conosco em todos os momentos.

Seremos curados interiormente e estaremos prontos para assumir o chamado que Ele nos faz a cada dia.

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